Década de 50
O colégio começou como a "Escola Primária da Igreja Adventista de Campinas" e surgiu de um esforço conjunto dos membros da Igreja Central Adventista do Sétimo Dia de Campinas e do pastor Altino Martins. Funcionava com quatro séries integradas, sendo a única em Campinas com tal regime pedagógico. A primeira professora e diretora foi Glória Loureiro Serafino.
A escola começou a funcionar em 1952, em uma das salas de aula atrás da igreja, com 14 alunos. No final de 1953, devido a diversas dificuldades, a escola fechou, reabrindo em 1955 após uma campanha para reformar a sala de aula, sob os cuidados da professora Maria Mayer. As aulas ocorriam de manhã para a 3ª e 4ª séries e à tarde para a 1ª e 2ª séries, com um total de 17 alunos. Em 1957, a professora Maria Mayer foi substituída por Júlia, que marcou a história da escola com muitas atividades planejadas. Em 1959, Júlia foi substituída por Edy Ferreira Pinto, que ficou apenas um ano.
Década de 60
Mesmo com um grande rodízio de professoras, o crescimento da escola era notável. Nos anos 1960 e 1961, a professora Ulda Cleusa Ramos assumiu a escola. Em 1962, Suzanna Mayer lecionou para uma turma de 34 alunos. Em 1963, chegaram dois grandes colaboradores: a professora Rosalina Bertoncin e o pastor Geraldo Marski. A escola enfrentava grandes dificuldades, e para que continuasse funcionando, sacrifícios pessoais foram necessários. Não havia caixa para pagar a professora, então, abnegadamente, o pastor Geraldo saiu de sua casa no bairro Cambuí e mudou-se para os fundos da igreja para economizar dinheiro para as despesas da escola. Posteriormente, a professora Rosalina também se mudou para a casa do pastor.
O empenho do pastor Marski ia além: ele podia ser visto sempre capinando o terreno da escola e cuidando do jardim. Sua esposa, Alaíde, auxiliava na disciplina durante o recreio. A equipe escolar dessa época incluía o pastor Geraldo Marski (diretor), a professora Rosalina Bertoncin, Aparecido Marques, Conceição Tosta e Renato Geremias. Em 1964, houve mudanças na equipe: João Carlos Ortolan assumiu a direção, Rosalina Bertoncim tornou-se secretária, e Benedito Rasquini, Lurdes Carneiro Leão, Renato Jeremias, Emílio Brenha e Rosalina Bertoncin Jeremias também participaram. Em 1968, foi necessário contratar outra professora, Cemildre Tosta, para assumir uma das classes. Em 1969, a comissão escolar era formada por João Carlos Ortolan (diretor), Renato Jeremias (vice-diretor), Rubens Moreira (tesoureiro) e Leilange Girotto.
Década de 70
Em 1970, a comissão escolar era composta por João Carlos Ortolan (diretor), Renato Jeremias, Pastor Ézer Girotto, Rubens Moreira (secretário) e Leilange Girotto (tesoureira). Em 1971, foi implantado o Jardim da Infância e, em março, Ozéias Nascimento assumiu a direção. As classes foram crescendo gradativamente e, em 1975, o total de alunos era de 58, distribuídos em quatro turmas e duas salas de aula. Já havia uma biblioteca com 80 livros. Nesse ano, foi realizada uma campanha para a aquisição de equipamentos de jogos e livros. Em 1976, foi contratada mais uma professora, Linda Bez Pellegrino, e em 1977, mais uma sala de aula foi incorporada.
Por todos esses anos, a escola contou com o serviço das professoras Drusila e Rosalina, que continuaram trabalhando até a década de 90, sendo o arrimo da escola. A escola funcionou nos fundos da igreja, mas com o crescente número de alunos, a permanência no local tornou-se difícil.
Década de 80
Em 1980, a escola contava com 103 alunos. As professoras eram Silene Motta Costa, Drusila Navarro Dias e Rosalina Bertoncin Jeremias, sendo esta última também diretora. A compra de um novo terreno tornou-se necessária, e em 1981, foi formada uma comissão com cinco membros para esse fim. Muitos terrenos foram analisados, mas a dificuldade de encontrar o local ideal era grande. A escola estava bem localizada no terreno da igreja, perto da prefeitura. A solução veio através de uma aluna da 1ª série, Alessandra Carlucci, que entregou um bilhete à diretora anunciando a venda de um terreno na rua Oscar Leite.
O pastor Ilto Vaz iniciou uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário enquanto a escola ainda funcionava atrás da igreja. Ele conseguiu a colaboração de muitos, inclusive de seu próprio irmão, Onofre Américo Vaz. No entanto, a compra do terreno enfrentou problemas devido aos 34 arrendatários, dos quais alguns não se comunicavam. As negociações foram difíceis e demoradas, mas em 2 de setembro de 1981, o terreno foi finalmente comprado, num compromisso particular assinado pelo presidente da Associação Paulista Oeste, pastor Ítalo Manzolli.
Em 1982, a escola possuía uma única sala dividida para duas turmas, onde funcionavam as classes até a 4ª série em dois turnos, além de uma pequena sala para a diretoria, tesouraria, coordenação e outras necessidades. Havia também um pequeno banheiro em condições precárias. Financeiramente, a situação era semelhante, pois a maioria dos alunos era bolsista integral. A fim de reverter essa situação, a nova diretora convocou seus filhos para reformarem a escola. Eles limparam os entulhos que bloqueavam a passagem, pintaram com motivos infantis a parede lateral para identificação, trocaram o piso do banheiro, pintaram as paredes das salas e adquiriram um arquivo de aço e material de escritório. Na década de 80, surgiu a primeira turma da 5ª série, e a escola chegou a 165 alunos e três professoras. Atrás da igreja, foi construída uma nova sala. Todos os pais de alunos foram visitados para contribuir com a escola, pois todos eram inscritos no plano bolsista.
Com o objetivo de aumentar a receita, um irmão da diretora emprestou um piano para a escola abrir um conservatório. No conservatório, além de aulas de piano, ensinava-se flauta doce e teoria musical. Um projeto para a construção foi encomendado ao engenheiro da Associação Paulista Oeste, Demilson Bellezi Guilhem. Com a ajuda de várias doações, ainda em 1982, iniciou-se a construção.
A comissão escolar começou a pensar em sugestões para o nome da nova escola, e por algum tempo, ela foi chamada informalmente de Centro Educacional Adventista de Campinas. Em 1984, foi sugerida a construção dos serviços de cálculo estrutural, projeto hidráulico e elétrico. A construção foi iniciada mais pela fé do que pelos recursos financeiros. As betoneiras foram emprestadas e, com a ajuda de vários voluntários, o prédio começou a ser levantado. O muro de arrimo para proteção do terreno e segurança dos alunos foi conseguido junto ao governador Orestes Quércia.
O projeto do prédio era no formato da letra "U", mas não seria necessário terminar toda a obra para que ocorresse a mudança. Já com a metade do prédio pronto, ocorreria a transferência. Pedagogicamente, a escola também crescia. O mini conservatório deu tão certo que um coral infantil foi criado pela professora Silene Motta Costa, cujas atividades incluíram a participação em encontros de corais e nos aniversários do IASP.
Em 1985, no final de semana que antecedia o início das aulas, foi feita uma convocação na igreja para um mutirão de limpeza na nova escola e ajuda no transporte dos móveis. No domingo de manhã, o caminhão estacionou em frente à igreja, e somente as professoras da escola (Rosalina, Drusila, Andreia, Idalina, Vera e Sirene) foram os braços fortes desse dia. Era noite quando a tarefa foi terminada. Havia apenas o primeiro bloco. Como o cimento não havia secado completamente, ao serem colocadas algumas carteiras, o piso afundava. Neste primeiro prédio, acomodavam-se seis salas de aula, a diretoria junto com a secretaria, cantina, biblioteca e pátio.
No início do ano, estavam matriculados 269 alunos, e a primeira turma de 7ª série iniciava suas atividades. Foi realizada uma inauguração parcial. Os pais, líderes da igreja e aqueles envolvidos na construção foram convidados. O coral da escola cantou, e todos puderam agradecer a Deus pelas vitórias alcançadas.
Uma ideia colocada em prática para aumentar a receita foi a criação de uma livraria e papelaria na escola, onde todos os alunos poderiam comprar seu material escolar dentro do prédio e por um preço igual ao das livrarias da cidade. Com a ajuda do Dr. Milton Afonso, dono da Golden Cross, foi possível comprar móveis para a biblioteca, os melhores do mercado.
Em 1986, a primeira formatura de 8ª série foi realizada com 14 formandos. Por alguns anos, a escola continuou em processo de construção enquanto as aulas eram ministradas. Em 1988, a escola já registrava 522 alunos, subindo para 627 alunos, mas 50% da construção ainda precisava ser concluída.
Década de 90
Em 1990, o ginásio estava finalmente concluído. No aspecto musical, a escola destacou-se com um coral de 120 alunos. No dia 1º de dezembro, a escola foi inaugurada oficialmente como Escola de 1º Grau "Carlos Gomes". Em 1992, foram oferecidas matrículas para o Ensino Médio, e a primeira turma de formandos no Ensino Médio ocorreu em 1994. Em 1998, a biblioteca passou por uma revitalização, incorporando atividades pedagógicas. Em 1999, o laboratório de ciências foi equipado com novos instrumentos, e a escola foi renomeada como Colégio Adventista de Campinas.
Década de 2000
Em 2001, reformas no prédio foram realizadas, incluindo a troca do piso do pátio e a instalação de novos computadores no laboratório de informática. O colégio continuou a se modernizar pedagogicamente, oferecendo apoio constante ao desenvolvimento intelectual dos alunos. Em dezembro de 2000, o coral infantil fez apresentações em várias agências da Caixa de Campinas e no Shopping Galleria. Em 2001, o coral se apresentou no parque Taquaral.
O Colégio Adventista de Campinas, ao longo das décadas, dedicou-se a fornecer uma educação de qualidade, preparando jovens para a vida e para o futuro.